Matéria de Francine De Lorenzo, do Valor Econômico*, com agências internacionais
SÃO PAULO – O primeiro ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, criticou o acordo selado entre os grupos palestinos rivais Hamas e Fatah para a formação de um governo interino e a realização de eleições gerais na Autoridade Palestina em até um ano. “A Autoridade Palestina terá que escolher: ou a paz com o Hamas, ou a paz com Israel, pois o Hamas deseja destruir Israel e diz isto abertamente”, declarou o premiê israelense.
Segundo Israel, o Hamas é um grupo terrorista, o que torna inviável qualquer negociação de paz. O ministro israelita dos Negócios Estrangeiros, Avigdor Lieberman, avisou a Autoridade Palestina que irá retaliar com um “vasto arsenal de medidas”, incluindo restrições à livre circulação na Cisjordânia. O Fatah controla a Cisjordânia, enquanto o Hamas domina a Faixa de Gaza.
Para Israel, a rivalidade entre as duas facções palestinas é conveniente, pois enquanto houver desavenças, não há como se criar um Estado palestino autêntico. O acordo entre o Hamas e o Fatah, que contou com negociações secretas, foi mediado pelo Egito – a princípio com o ditador Hosni Mubarak e, depois, com o governo militar resultante do movimento que promoveu a queda do presidente egípcio em fevereiro.
Charge: Carlos Latuff