
Materiais estavam em centro de pesquisa norte-americano e voltam agora para o Brasil
Depois tudo foi transformado em microfilme, como forma de reduzir o risco de apreensão e facilitar o transporte. Com medo que os militares destruíssem as provas das violações dos direitos humanos, as cópias em microfilme foram enviadas para os Estados Unidos onde ficaram sob a guarda do Center for Research Libraries. O material retornou ao Brasil e foi entregue nesta terça-feira (14) ao Ministério Público Federal.
O vice-presidente do Grupo Tortura Nunca Mais, Marcelo Zelic, disse que, com o projeto, será possível aprofundar as pesquisas.
– Nós temos 1 milhão de páginas que quando indexadas, com um sistema de busca moderno, podem trazer elementos novos para muitas situações. Coisas que podem ter passado desapercebidas nesses 26 anos de pesquisa manual e individual de cada pesquisador.
Para o procurador da República em São Paulo, Marlon Alberto Weichert, o sistema vai facilitar a difusão e uso pedagógico dessas informações.
– Precisamos educar o povo brasileiro em cidadania e diretos humanos. E isso a gente só faz contando o que ocorreu de uma forma transparente e imparcial.