Vontade de mergulhar na chuva
Flutuar como gota
Cristalina e turva
Uma sanidade louca
Vontade de abrir o berreiro
Fechar-me em lembranças
De um pedaço de Janeiro
De quando eu era criança
Era, sou ou sempre serei?
O sol que atrás das nuvens surpreende
É como o riso que escapa sem lei
Revelando a infância eternamente
Mas adultos? São contraditórios
Dormem
Prefiro versificar
Ao vento
Ao relento
Prefiro amar
Sem tempo
A contento
02 de Janeiro de 2011,
Ana Helena Tavares