O céu, os prédios, a gaiola do passarinho
A chuva que não veio, o telefone toca-toca
O ninho
A toca
O armário, o urso pendurado
O rádio, o remédio para os dentes
Um cheiro de usado
Ecoa nas mentes
Livros amontoados, sem esperança de leitura
Sapatos querendo fugir descalços
A procura
Em sobressaltos
O jornal na varanda, ninguém leu, não conseguiu
O desmonte da verdade, a bagunça desmontada
O vil
O nada.
19 de Setembro de 2010,
Ana Helena Tavares
O jornal na varanda, ninguém leu, não conseguiu
O desmonte da verdade, a bagunça desmontada
O vil
O nada.
Muito massa, ana helena… lindo mesmo… Desconcerta a gente… E com certeza nem de longe consigamos entender o que a poetisa quer dizer… Mas é isso mesmo… Mas é pra fazer sonhar, não é??? Imaginar… Viajar… desconcertar… Pelo menos para mim é assim… E pelo trechinho do poema que aqui reproduzi, fica claro a jornalista na poetisa… E sempre em busca da verdade… Poesia e jornalismo, no seu caso, são indissociáveis, não é??? Ganha o jornalismo, ganha a poesia, então.
Abraços,
Poetisa, Ana Helena.
De, Valdete.
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