A porta fecha na sua cara
O carro avança o seu sinal
A lua já não é mais clara
Há espinhos no seu quintal
A porta abriu e você não viu
O sinal tava aberto naquela hora
Uma nuvem a lua encobriu
Todo espinho colabora
Quadros tortos na parede
Fotos embaçadas na estante
Não há o que mate a minha sede
Que pesadelo horripilante!
Não será a minha vista que está torta?
Será que o tempo a embaçou?
Mas ainda não tô morta.
E só morreu quem não lutou.
Ana Helena Tavares