
A jaqueira da Bolívar
Por Ana Helena Tavares
Tantos passos açodados
E lá está ela majestosa:
Galhos fortes, entrelaçados
A uma orquídea bem cheirosa.
Passos não cheiram, são arredios,
Mas lá está ela admirável:
Aos olhares menos esguios,
À vida mais saudável.
À sua rua um revolucionário
Deu seu nome e esplendor.
Merecia outro cenário,
Merecia mais calor.
Com a Barata faz esquina
Mas só a vê quem vem de longe
Será isso alguma sina?
Nem o hábito faz o monge…
Com saudades de outra Copa
– Aquela em que nasceu –
A jaqueira se faz de morta
Depois de tanto o que viveu.
Depois de tanto o que já viu,
– Viu bem mais do que foi vista –
Dá pra imaginar o que já sentiu?!
Nem chamando um analista…
8 de Novembro de 2010,
Ana Helena Tavares
Também no “Recanto das Letras“