José virou pescador quando seu irmão gêmeo, João, desapareceu num naufrágio. José decidiu que nunca mais se afastaria do mar para ficar perto do irmão. Um dia, alguém muito parecido com ele procurou José. “Só pode ser ele!”. Tão emocionado José ficou, que o homem não entendeu nada: “Nunca vi receberem tão bem um cobrador de impostos!”. Conversaram e tudo se esclareceu. Na época do desastre, João acordou desmemoriado num hospital. Conseguiu refazer sua vida, sem nunca ir atrás de seu passado. Como os dois irmãos agora só tinham um ao outro, resolveram aliar seus ofícios num sugestivo negócio: “Pesque-pague”.
Ana Helena Ribeiro Tavares
28/04/03