– Hoje o bate-papo é sobre amizade… Vinicius e eu, eu e Vinicius… E aspas nele!
– Dedico esse “diálogo” a todos os meus verdadeiros amigos, impossível e desnecessário citar nomes.
“Enquanto passando, enquanto esperando,
de que mais precisa um homem senão
de suas mãos para apertar as mãos do amigo
depois das ausências, e pra bater nas costas do amigo,
e pra discutir com o amigo…?”
Mão amiga,
Afaga-nos com a canção,
Entoada pelo coração,
Nosso ícone.
Liberta-nos do impossível,
Assusta a solidão…
Rei de todos que
Amigos têm!
“Suportaria, embora não sem dor,
se morressem todos os meus amores,
mas enlouqueceria se morressem
todos os meus amigos”.
É naqueles amigos
De raridade impagável,
Tão ávidos por liberdade,
Imbuídos de amizade,
Que algo faz nascer-me a vontade
De sair cantando, ter identidade
E, sem maldade,
Existir. Não parar,
Tentar!
Ombros fiéis poder encontrar…
Para com eles remar,
Regar minha esperança.
E, com carinho no peito,
Semear amizades…
“Fez-se do amigo próximo o distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente.”
No impulso desse riso da vida,
Dessa sincera fonte de paz
O iminente sorriso
Que um amigo nos traz.
“De que mais precisa um homem senão
de um amigo pra ele gostar,
um amigo bem seco, bem simples,
desses que nem precisa falar — basta olhar –
um desses que desmereça um pouco da amizade,
de um amigo pra paz e pra briga?”
Amizade sem superação de diferenças
É como uma roseira que se fere com seu espinho.
É como uma estrada que se perde em seu caminho.
Ou já imaginaram a videira embebedando-se com o vinho?
Ana Helena Ribeiro Tavares