*Para o meu amigo Maurício Vieira, que sabe que sem amor não há tempo que cure ferida.
Pelos caminhos do tempo
Eu, pêndulo deslumbrado,
Busco as rédeas do vento
Que sempre me havia guiado.
Dizem que o tempo é amigo da experiência,
Mas ele sozinho não me clareia o escuro
Que tão ingrata inconseqüência
Quer impor ao sonhado futuro.
Não digo que seja pura utopia
Acreditar que o tempo cura a ferida.
Essa na construção de um dia
Até pode ser doce concepção de vida.
Mas só se acha um vento na ventania
Quando do amor é a lição entendida.
28 de Agosto de 2009,
Ana Helena Tavares