Tempo: a sorte da vida?

*Para o meu amigo Maurício Vieira, que sabe que sem amor não há tempo que cure ferida.

Pelos caminhos do tempo

Eu, pêndulo deslumbrado,

Busco as rédeas do vento

Que sempre me havia guiado.

Dizem que o tempo é amigo da experiência,

Mas ele sozinho não me clareia o escuro

Que tão ingrata inconseqüência

Quer impor ao sonhado futuro.

Não digo que seja pura utopia

Acreditar que o tempo cura a ferida.

Essa na construção de um dia

Até pode ser doce concepção de vida.

Mas só se acha um vento na ventania

Quando do amor é a lição entendida.

28 de Agosto de 2009,

Ana Helena Tavares

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Por que escrevo?

Foto: Ana Helena Tavares

O escritor é um observador.
Observa tão atentamente
Que na escrita tem que expor
Tudo o que percebe à frente.

E ainda sabe ele que ao escrever
De fugir da timidez é capaz…
Se cara a cara não consegue deixar ver
Tudo o que seu coração traz…

E, enfim, nos textos que cria
(Com gosto doce, salgado ou azedo)
Está a sua mais profunda fantasia,

Toda sua emoção, todo seu medo.
Brincar com as letras é, com magia,
Levar seu mundo à ponta do dedo.

– Livremente inspirado no poema “Autopsicografia“, de Fernando Pessoa.

Ana Helena Ribeiro Tavares

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